1 Examina a natureza que te cerca no mundo.
2 Tudo é riqueza e esforço laborioso por assegurá-la.
3 O solo ferido pelo arado é berço prodigioso da produção.
4 A árvore, mil vezes dilacerada, orgulha-se de sofrer e ajudar sempre mais.
5 A fonte, superando os montões de seixos, pouco a pouco, alcança o grande rio, a caminho do mar.
6 Algumas sementes formam a base de preciosa floresta.
7 Pedras agressivas se convertem nas obras-primas da estatuária, quando não vertem do solo, a faiscante beleza do material de ourivesaria.
8 Animais humildes, padecendo e ajudando, garantem o conforto das criaturas contra a intempérie ou alimentam-lhes o corpo, sustentando-lhes a existência.
9 A pobreza é simples apanágio do homem — do homem enquanto se refugia, desassisado, na furna da ignorância.
10 Somente a alma humana distanciada do conhecimento superior assemelha-se a um fantasma de angústia, penúria e lamentação…
11 Se podes observar o patrimônio das bênçãos celestiais, no caminho em que evoluis, procura o teu lugar de trabalho e serve infatigavelmente ao bem, para que o bem te ensine a ver a fortuna imperecível que o Pai te concedeu por sublime herança.
12 Serve aos semelhantes, ajuda a planta e socorre o animal; seja a tua viagem, por onde passes, um cântico de auxílio e bondade, de harmonia e entendimento…
13 E, à medida que avançares na senda de elevação, encontrar-te-ás cada vez mais rico de amor, encerrando no próprio peito o tesouro intransferível da luz que te abençoará com a felicidade inextinguível, em plenitude da Vida Triunfante.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original, ela foi publicada em 1972 pelo IDE e é a 4ª lição do
livro “Mãos Marcadas.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.