1 O pão que repartes hoje;
A roupa ainda mesmo usada
Que ofertas de coração;
A frase amiga na estrada
De quem passa em luta e prova;
O amparo da compreensão
No qual a paz se renova;
2 O olvido de toda ofensa
Que recebas, porventura;
O bálsamo de consolo
Com que afastas a amargura;
O silêncio em que resguardas
O erro ou a falha de alguém;
A plantação de alegria
Que espalhas fazendo o bem;
3 A paciência bendita
Nas horas de inquietação,
Aceitando sem revolta
Os entraves tais quais são;
Mínimos gestos de amor
Um dia serão troféus,
Ampliando-te a riqueza
Que depositas nos Céus.
Casimiro Cunha
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