1 Tantos rogam socorro!…
E o coração se te enternece.
2 São doentes largados à noite, companheiros em penúria aguardando auxílio, pequeninos sem lar e irmãos em prova que te estendem as mãos, algo esperando de tua bondade ou de tua bolsa!…
3 Todos são dignos do apoio que se te faça possível.
4 Entretanto, nas trilhas do cotidiano, outros necessitados vão surgindo, a reclamarem uma das mais preciosas doações que a criatura é capaz de oferecer.
5 São aqueles que te agridem a vida:
6 os que te dilapidam os interesses;
7 os que te experimentam com a magia da tentação;
8 os que te estragam o relacionamento familiar;
9 os que te menosprezam os sentimentos;
10 os que te espancam com as farpas invisíveis do sarcasmo;
11 os que se apoderam do destaque para que te omitas obrigatoriamente na sombra;
12 os que descarregam seus próprios fardos sobre as responsabilidades que transportas nos ombros;
13 os que te agravam as dificuldades e aqueles outros que em vão te consomem as possibilidades de trabalho, anulando-te o tempo.
14 Diante desses irmãos que tantas vezes te emaranham no cipoal da inquietação vazia, não desesperes, nem desanimes.
15 Oferece-lhes a tua doação de paciência e deixa-os no recanto de incompreensão a que se acolhem.
16 Entrega-os a Deus e segue o teu próprio caminho. São doentes do espírito que só a Divina Providência conseguirá curar na clínica do tempo. E é preciso reconhecer que os doentes da alma não sabem o que fazem.
Meimei