Reunião pública de 15-8-1960.
Questão n.º 301 - § 3.º
1 Inquires, muita vez, por que motivo os instrutores desencarnados silenciam determinados temas doutrinários em determinadas regiões.
2 Junto desse ou daquele povo, falam na reencarnação, com veemência, enquanto que, junto de outros, parecem ignorá-la.
3 Aqui, relacionam as graves consequências do suicídio, e, adiante, como que apagam todas as referências em torno de semelhante calamidade, considerada, ainda, em certos agrupamentos raciais, como ponto de honra.
4 Em muitos lugares prestigiam as observações do fenômeno, e, em outros, destacam os merecimentos da escola.
5 Entretanto, é preciso reconhecer que há alimento físico e alimento espiritual. E tanto quanto existem idades e condições físicas, existem idades e condições espirituais. ( † )
6 É necessário, desse modo, observar os mecanismos gástricos e os mecanismos mentais de cada criatura em si mesma.
7 Não se administra à criança a alimentação devida ao adulto e não se oferece ao adulto a alimentação artificial da chupeta.
8 Há doentes que pedem soro para se equilibrarem.
9 Há enfermos que exigem a transfusão de sangue para fugirem da inanição.
10 E, em toda a parte, vemos pessoas que ainda não aprenderam a raciocinar por si mesmas, reclamando ideias àqueles que as dirigem, à maneira dos fetos que não podem manobrar os órgãos em formação, esperando sustento, pela endosmose, no claustro maternal em que se corporificam.
11 Estudemos a posição particular dos companheiros da caminhada humana, oferecendo-lhes a verdade dosada em amor.
12 A Divina Sabedoria não aprova princípios de violência.
13 Os próprios pais da Terra esperam, compassivos, pelo crescimento dos filhos, a fim de entregá-los às bênçãos da Natureza, cada qual a seu tempo.
14 Contudo, porque a vida nos trace a todos o claro dever da tolerância fraterna, ensinando-nos a respeitar os preconceitos dos outros, não temos a obrigação de adorar ou louvar, propagar ou seguir preconceito algum.
Emmanuel