Reunião pública de 8-7-1960.
Questão n.º 254 - § 1.º
1 São sempre muitos.
Contam-se, às vezes, por legiões. ( † )
2 Acham-se encarnados, entre os homens, e caminham semeando revolta.
3 Mostram-se desencarnados na Esfera física e comunicam a peçonha do desespero.
4 Facilmente identificáveis, sinalizam a rebeldia.
5 Falam em dever e inclinam-se à violência, referem-se ao direito e transformam-se em vampiros.
6 Criam a dor para os outros, encarcerando-se na dor de si mesmos.
7 São vulgarmente chamados “Espíritos maus”, quando, mais propriamente, são Espíritos infelizes.
8 Zombam de tudo o que lhes escape ao domínio, supõem-se invencíveis na cidadela do seu orgulho, escarnecem dos mais altos valores da Humanidade e acreditam ludibriar o próprio Deus.
9 Decerto que esses irmãos, enredados a profundo desequilíbrio, estarão entre nós, adestrando-nos as forças mais íntimas para que aprendamos a auxiliar.
10 Não perguntes por que existem, de vez que emparelhávamos com eles, até ontem, quando padecíamos ignorância maior, e nem exijas que os orientadores da Espiritualidade lhes suprimam a condição inferior a golpes de mágica, porquanto somos todos irmãos, com necessidade natural de assistência mútua.
11 Cabe-nos, acima de tudo, a obrigação de secundar o trabalho daqueles que nos precederam e nos inspiram, realizando o melhor.
12 Para isso, não te digas inútil.
Se não prestássemos para as boas obras, por que razão nos daria Deus a flama da consciência e o sopro da vida?
13 Contudo, não basta pregar.
É preciso fazer.
14 Os companheiros infelizes, além de serem irmãos problemas, são também nossos observadores de cada dia.
15 Embora com sacrifício, atende à tua parte de esforço na plantação da bondade e no suor do aperfeiçoamento.
16 Saibamos sofrer e lutar pela vitória do bem, com devotamento e serenidade, ainda mesmo perante aqueles que nos perseguem e caluniam, recordando sempre que, em todo serviço nobre, os ausentes não têm razão.
Emmanuel