O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Sexo e destino — André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira — 2ª Parte


Capítulo 4

(Sumário)

1. Debaixo da agressão, Marina experimentou irreprimível mal-estar. Empalideceu. Sentia-se sufocar. 2 Registava todos os sintomas de quem recebera pancada forte no crânio. Jogou a cabeça para trás, na poltrona, esforçando-se por esconder a indisposição, mas debalde. Os Torres, pai e filho, perceberam-lhe a vertigem e acorreram, pressurosos.

3 Nemésio tomou a palavra, atribuindo o desmaio à fadiga de quem se movimentara durante a noite inteira, sem o mínimo descanso no decorrer do dia anterior, ao redor da dona da casa, cujo corpo se consumia com dolorosa lentidão, ao passo que Gilberto trazia água fresca, antes de telefonar para o médico.

4 No ambiente espiritual, o impacto não foi menos constrangedor.

Neves fitou-me, irrequieto, como a rogar socorro para não explodir. Conhecia Moreira, de nossa primeira visita ao Flamengo; entretanto, ignorava os acontecimentos que nos apoquentavam, desde a antevéspera. 5 Pelo olhar de censura que nos arremessou, concluí que julgava o aposento da filha invadido por malfeitores desencarnados, numa investida sem qualquer significação, incapaz de ajuizar quanto às causas que impeliam o ex-conselheiro de Cláudio àquele gesto de revolta, para o qual arrebanhara colegas infelizes, efetuando um ataque categorizado por ele à conta de empreitada punitiva e justiceira.

6 Uma das senhoras desencarnadas que aguardava o momento de acolher Beatriz, liberta, abordou-me, pedindo providências.

7 Moreira e os aderentes despejavam ditérios e obscenidades, injuriando a dignidade do recinto, depois de haverem burlado a vigilância mantida em torno da casa. 8 Não formulava o pedido para que se articulasse a contenção deles, a propósito de preconceitos humanos. Aceitava os recém-chegados na posição de credores da maior comiseração; no entanto, a senhora Torres estava nas derradeiras orações, em vias de partir. Esmolava tranquilidade, silêncio.

9 Em determinadas terapêuticas, não se pode restabelecer a normalidade orgânica senão removendo o centro de infecção, e, ali, o pivô da desarmonia era Marina.

Afastada a moça, retirar-se-iam com ela os agentes da desordem.

10 Abeirei-me da menina carecedora de piedade. Supliquei-lhe saísse. Fosse repousar. Não teimasse ante a solicitação nossa em seu proveito.

Ela obedeceu a contragosto.

Pediu licença aos amigos, a fim de esperar o médico na dependência dos fundos, e acompanhei-a.

11 O bando, porém, renteou comigo e Moreira interpelou-me. Queria saber de minha simpatia pela jovem que ele hostilizava. Indagava, desabrido, se eu não a conhecia suficientemente, se não lhe assistia às bacanais entre pai e filho e por que me interessava de modo tão especial por aquela a que ele chamava bisca, bonita por fora e devassa por dentro.

12 Ironizando-me a escassa inclinação à conversa, reportou-se, com enérgicas rabecadas, à dama que nos havia rogado a execução de medidas para afastá-lo do quarto, declarando que não era covarde para incomodar moribundos, e perguntou, insolente, por que razão as entidades veneráveis e amigas, que ele apelidava por “aquelas mulheres”, nos compeliam a retirá-lo, quando ali deixavam Marina respirar à vontade, acentuando que, por ser franco e áspero, não se considerava pior.

13 Crivou-me de objurgações repassadas de fel.

Desafiando-me, por fim, a enunciar o meu ponto de vista, utilizando palavras que colocavam em jogo a confiança com que me honrava, desde a véspera, arrisquei-me a ponderar que Marina, apesar de tudo, era filha de Cláudio Nogueira e irmã de Marita, aos quais tributávamos ambos calorosa afeição. Qualquer fracasso em prejuízo dela seria desastre para eles. 14 Não me cabia reprovar corrigendas, capazes de lhe fortalecer a vigilância, com manifesta vantagem para ela; no entanto, por amizade aos Nogueiras, não concordaria em que fosse massacrada.

15 Ele sorriu e obtemperou que as apreciações não eram de todo desprovidas de senso, prometendo que amainaria o desforço, mas não desistiria da correção.

16 Despachou os cooperadores, recomendando aos quatro lhe aguardassem as ordens no pátio lateral, e acompanhou-nos, segurando-a, descortês.


2. Indiferente a qualquer ideia de companhia espiritual, Marina penetrou na câmara, encostou a porta e ajeitou-se no leito, cerrando os olhos.

2 Relaxou-se.

Aspirava a dormir, descansar… Mas não conseguiu.

3 Moreira, insensível, indicando o propósito de arrasar em mim qualquer simpatia pela contadora indefesa, participou-me que ia submetê-la a interrogatório, em torno de Marita, para que eu lhe ouvisse o depoimento inarticulado e avaliasse o caso por mim mesmo.

4 Suspirei pela obtenção de respostas que enobrecessem o inquérito mental em preparo; contudo, minhas esperanças se desvaneceram no nascedouro.

5 O indesejável patrocinador de Marita, erguido por si mesmo à condição de juiz, pespegou um pejorativo contundente aos ouvidos da moça e reclamou-lhe a opinião, sobre a irmã hospitalizada. Que se manifestasse, que expusesse o seu ponto de vista, quanto àquele suicídio comovedor.

6 Marina, embora debilitada, conjeturou-se tangida pelos próprios pensamentos a lhe buscarem atenção para a irmã acidentada e, presumindo monologar, deixou que os pensamentos lhe pululassem do cérebro, sem o travão da autocrítica.

7 Compadecia-se da irmã, — parafusava, calculista, — no entanto, confessava-se agradecida ao destino por se ver livre dela. Indiscutivelmente, não teria tido coragem de impeli-la à morte; todavia, se ela própria deliberara desaparecer, cedendo-lhe posição, sentia-se aliviada. 8 Gilberto inteirara-a de um telefonema que recebera na noite da antevéspera. Confiara-lhe as impressões. Nada de trote. Pelo jeito, deduziram que Marita lhe imitara a voz, efetuando sondagem… Convencida de que o rapaz não a desejava, preferira morrer. 9 Gilberto fora claro. Pelos tópicos da conversação pelo fio, dos quais lhe transmitira os mínimos pormenores, Marita investigara-lhe os sentimentos, no intuito de arrancar-lhe uma declaração indireta. Desiludida, optara pela renúncia. 10 Em razão de tudo isso, não lhe cabia perder-se em divagações. Se o jovem Torres a amava, no mesmo grau de carinho com que se lhe entregara, e se a outra resolvera sumir, nenhum motivo para ralar-se. 11 O próprio Gilberto, semanas antes, perguntara-lhe, de estranha maneira, pelas esquisitices da irmã. Julgava-a desequilibrada, neurótica, ao que se lhe referira à paternidade anônima. O filho de Nemésio acreditava em sífilis na cabeça, asseverando que Marita não servia para casar.

12 Após ligeira pausa no pensamento, como quem apaga uma luz e a reacende, alterando o cenário, a jovem do Flamengo seguiu pensando, memorizando…

13 Telefonara para casa, durante a noite, e a mãezinha informara que Marita ainda não havia morrido; contudo, o médico esclarecera a ela, Dona Márcia, em ligação confidencial, que a Ciência não dispunha de meios para recuperá-la e que o óbito era questão para daí a alguns dias. 14 O facultativo solicitara-lhe atenções especiais para Cláudio, esmagado de angústia. Recomendara-lhe nada dizer ao marido, quanto à opinião aberta que expunha, parecer que formulava apenas para com ela, ao reconhecê-la mais calma, diante do sofrimento. Que ela, na condição de mãe, se premunisse contra emoções muito fortes, a fim de sustentar a família, no transe que sobreviria, a qualquer momento.

15 Aquelas elucidações, no silêncio, feriram Moreira nas últimas fibras.

As notícias médicas, assim desdobradas, portavam para ele os efeitos de um tiro.

16 Não se resignava à ideia de perder Marita, no Plano físico. 17 Ela, inconscientemente, despendia recursos fluídicos que se casavam com os dele, fornecendo-lhe sensações de euforia, robustez. 18 Retirava dela os estimulantes mentais que lhe vigorizavam a masculinidade, tanto quanto se valia habitualmente de Cláudio, para viver sobre a Terra como qualquer ser humano.

19 Entre a frustração e a inconformidade, designou Marina com um nome chulo e justificou-se, diante de mim, quanto à determinação de puni-la. Infantilizado, colérico, bradou que nós ambos víamos, juntos, o regozijo com que cismava no infortúnio da outra; que eu não lhe podia negar a frieza de sentimentos; que a minha palavra apoiasse a dele, em momento oportuno; que eu lhe servisse de testemunha.

20 Marina, porém, continuava meditando, aclarando, qual se aditasse, espontaneamente, impressões marginais ao tema que Moreira lhe propusera.

21 Amava a Gilberto, sim. Apenas a ele. Descobriria recursos para desvencilhar-se de Torres, pai. Quanto mais corria o tempo, com maior segurança afiançava a si mesma pertencer ao rapaz. Anelava desposá-lo, ser-lhe a mulher em casa e mãe de seus filhos…

22 No entanto, quando o esboço do lar futuro se lhe configurou na imaginação, o meu interlocutor arremeteu-se contra ela e bramiu:

— Nunca!… Você nunca será feliz!… Você matou sua irmã… Assassina! Assassina!…

23 Agredida sem que me fosse permitido protegê-la, porquanto a minha interferência isolada se fazia desaconselhável, a benefício dela mesma, a jovem experimentou-se invadida de estranho mal-estar. n

24 Aquelas incriminações percutiam-lhe fundo, qual se alguém lhe varasse o pensamento.

Ofegou em desassossego.

Começou a refletir, acerca de Marita, sob novos aspectos, estabelecendo confrontos. Debalde esgrimia ideias, tentando impugnar o remorso que se lhe infiltrava na consciência. Julgava contraditar-se. Gemia em desconforto. 25 Ignorava-se em luta com uma Inteligência que se lhe mantinha invisível, a pedir-lhe contas do proceder. 26 À medida, porém, que o adversário martelava as censuras, às quais aderia por saber-se culpada, passou a perder posição. Enevoava-se-lhe o raciocínio; mobilizou todas as energias para não desmaiar, temia a loucura…

27 O contendor desafiara a fortaleza, proclamando-lhe as brechas. A fortaleza resistiria, incólume, se fosse inteiriça; entretanto, as brechas existiam e, por elas, o inimigo lançava petardos de maldição e sarcasmo, gerando a demência e invocando a morte.

28 Em vão, diligenciei no silêncio, articulando agentes mentais de auxílio para que a vítima se libertasse; contudo, a menina, bastante hábil para movimentar-se, entre os homens, sem comprometer-se na superfície das circunstâncias, jazia desarmada de conhecimento enobrecedor, com que se advertisse, recuando na trilha percorrida para adotar direção diferente.

29 Marina, à mercê da força que lhe espatifava os recursos psíquicos, sentia-se derrotada…

Da impassibilidade ante o desastre ocorrido com a irmã, transferiu-se à opressão, ao temor…

30 Ao toque do inquisidor que lhe vasculhava a cabeça, começou a imaginar que Marita, em verdade, não intentaria o suicídio, se nela houvesse achado uma companheira honesta e piedosa.

31 Rememorou a noite em que divisara Gilberto pela primeira vez. O jovem saía de um cinema, em companhia da irmã, amparando-a contra a chuva. Tamanha a doçura daqueles olhos, tão grande o carinho daqueles braços!… Julgou encontrar Nemésio mais moço. Comprometida com Torres, pai, presumia enxergar no filho os atributos de juvenilidade que lhe faltavam… 32 Capricho ou afeição, apaixonara-se pelo rapaz, cortejara-o abertamente. Enlaçara-o com os dotes de inteligência, até acender-lhe na alma entusiasta o anseio de compartilhar-lhe sonhos e emoções. Convidara-o a entretenimentos, agarrara-lhe o coração. Instalara nele a necessidade dela, tornara-o dependente, escravo. 33 Manobrava-o, inteiramente, o que a irmã, inexperiente e sincera, não se animara a fazer, conquanto lhes conhecesse, através dele próprio, o compromisso oculto. Ao sabê-lo aprisionado à outra, requintara-se, aliás, nos processos de sedução. Acariciava-o, impunha-se, manietava-o, à maneira da aranha entretecendo o fio veludoso para cativar o inseto que se dispõe a devorar…

34 Perante o libelo do juiz inesperado, perguntava-se pela tranquilidade própria. Examinando escrupulosamente, as atitudes que assumira, verificava, espantada, que lesara a si mesma. O remorso figurou-se-lhe trado invisível a verrumar-lhe o crânio. Lágrimas abundantes lhe subiram do peito aos olhos, lembrando jorros de água que a broca somente consegue arrancar, ao subsolo, ao tatear lençóis mais fundos.


3. O médico, assistido pessoalmente pelo dono da casa, apanhou-a em crise de pranto. 2 Não obstante apreensivo, consolou-a, erguendo-lhe o ânimo. Falou em cansaço. Elogiou-lhe a pontualidade e o devotamento de enfermeira, prescreveu-lhe tranquilizantes. Que ela repousasse, que não desamparasse a si mesma.

3 Marina, porém, não ignorava que a consciência se debatia em pânico, que era inútil qualquer tentame para largar o foro íntimo. Quando o facultativo se despediu, retomou o choro convulso, diante de Nemésio que, intimidado, trancou a porta e se abicou, junto dela, no intuito de confortá-la e confortar-se.

4 Constrangido a facear com a cena de ternura, sem fundamentos de afeição recíproca, inquietei-me por Moreira, que zombeteava, lançando frases ultrajantes.

5 Nemésio rogava à moça tratar-se, refazer-se. Tivesse paciência, que se regozijassem ambos. Nada além de mais alguns poucos dias e estaria em pessoa, no Flamengo, para os derradeiros arranjos do casamento. Contava com ela e queria fazê-la feliz. Encantado, beijava-lhe o rosto molhado, qual se aspirasse a sorver-lhe as lágrimas, enquanto que a jovem, francamente conturbada, lhe arremessava olhares de esguelha, entremeados de compaixão e repulsa.

6 Convidei Moreira à retirada. Ele, porém, desapiedado, indagou se me falhava a coragem para conhecer Marina, tanto quanto ele, e, porque me inclinasse a defendê-la, acrescentou que não se achava ali na posição de carrasco. Escarninho, recomendou-me não acusá-lo, asseverando que detinha tanta culpa na indisposição da jovem quanto aquela que teria um bisturi na ablação de um tumor.

7 Pedi-lhe, em consideração a Cláudio, nos auxiliasse a proteger-lhe a filha, menina recruta na guerra contra o mal, embora se acreditasse suficientemente sabida.

8 Por que não nos conservarmos à porta, resguardando-a? Um momento talvez chegasse em que passaríamos a rogar-lhe concurso. Não obstante alegar que nunca se acomodara à alcovitice, que não tinha vocação para capa de malfeitores, aquiesceu e saímos. 9 Do lado externo, porém, à vista de referir-me à hipnose, no campo afetivo, expendendo considerações ao redor da paciência, que nos toca exercer, junto de todas as pessoas em distúrbios do sexo, ele riu-se abertamente e comentou, galhofeiro, que não me adiantava falar grego, diante de obscenidades que para ele possuíam nomes próprios, e advertiu-me que quando o pai se retirasse viria o filho e que eu perderia a graça e o latim de qualquer jeito.

10 Efetivamente, quando o chefe da casa se retirou, o rapaz, cansado da vigília noturna, veio em nossa direção e entrou no quarto.

O colega endereçou-me olhar significativo; contudo, antes que se desregrasse na crítica, apareceu alguém com bastante simpatia e piedade para desfocar-nos a mente.

11 Era o irmão Félix.

Através da expressão, dava-me a perceber que se inteirara de todos os sucessos em curso; no entanto, abriu os braços para Moreira, à feição do pai que reencontra um filho. O amigo, que volvera ao desequilíbrio sentimental, por sua vez, reconheceu-se invadido por eflúvios regenerativos e recordou, sensibilizado, o primeiro encontro em que o benfeitor lhe solicitara colaboração para Marita, e enterneceu-se.

12 Félix, sem um gesto que lhe exprobrasse a deserção, apelou para ele com absoluta confiança:

 — Ah! meu amigo, meu amigo!… Nossa Marita!…

13 E, ante as indagações do interlocutor, que o tratava como de igual para igual, esclareceu que a menina piorara. Dores agudas lhe mortificavam o corpo. Afligia-se, fatigada. Desde o momento em que ele, Moreira, se afastara, tudo indicava que a pobrezinha entrara em regime de carência. A sofredora criança necessitava dele, esperava por ele, a fim de aliviar-se.

14 Ante as frases sinceras que o atingiam no fundo, o ex-assessor de Cláudio acudiu, incontinenti, regressando em nossa companhia para o hospital, onde realmente a moça se estirava em situação lastimável. n


4. Quatro horas haviam escoado, modificando-nos a tela de serviço.

2 Averiguamos que o pedido de Félix não se alicerçava num artifício piedoso. Escorada por Telmo, que lhe insuflava energias, Marita não lhe assimilava a influência com tanta segurança.

3 Sem qualquer propósito de censura, é lícito registar que faltava entre eles aquela harmonia necessária às crenas das rodas de engrenagem determinada, num plano de sustentação. Telmo, rico de forças, apoiando-a, lembrava um sapato novo e precioso em pé doente. Cedendo lugar ao recém-chegado que o rendeu, pronto, verificou-se, de imediato, alguma desopressão. Marita ajustou-se, mecanicamente, aos cuidados que Moreira lhe oferecia. 4 Ainda assim, a peritonite instalava-se, dominante.

Aumentara o mal-estar.

A filha de Aracélia gemia sob a atenção atribulada de Cláudio, que a observava, azorragado de sofrimento íntimo. 5 Entretanto, agora, o ex-vampirizador do Flamengo encontrava enorme diferença. Acicatada pelos padecimentos físicos, Marita não dispunha de facilidades para pensar senão nas próprias dores, contundida, suarenta, amarfanhada… E o martírio corporal que lhe transfundia todos os impulsos, num gemido que não conseguia articular, provocava em Moreira, unicamente, simpatia e compaixão.


André Luiz



[1] [No original: “invadida de estranho mal-”]

[2] [Sobre os cooperadores que Moreira aliciara e o esperavam no pátio lateral, vide informações no capítulo seguinte.]


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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