O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Roteiro — Emmanuel


26

Afinidade

1 O homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção.

2 Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência.

3 Em forma de impulsos e estímulos, a alma recolhe, nos pensamentos que atrai, as forças de sustentação que lhe garantem as tarefas no lugar em que se coloca.

4 O homem poderá estender muito longe o raio de suas próprias realizações, na ordem material do mundo, mas, sem a energia mental na base de suas manifestações, efetivamente nada conseguirá.

5 Sem os raios vivos e diferenciados dessa força, os valores evolutivos dormiriam latentes, em todas as direções.

6 A mente, em qualquer Plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir.

7 Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente.

8 De modo imperceptível, “ingerimos pensamentos”, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos.

9 Por isso, quem não se habilite a conhecimentos mais altos, quem não exercite a vontade para sobrepor-se às circunstâncias de ordem inferior, padecerá, invariavelmente, a imposição do meio em que se localiza.

10 Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que nos cercam.

11 Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis.

12 Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização.

13 Princípios idênticos regem as nossas relações uns com os outros, encarnados e desencarnados.

14 Conversações alimentam conversações.
Pensamentos ampliam pensamentos.

15 Demoramo-nos com quem se afina conosco.

16 Falamos sempre ou sempre agimos pelo grupo de Espíritos a que nos ligamos.

17 Nossa inspiração está filiada ao conjunto dos que sentem como nós, tanto quanto a fonte está comandada pela nascente.

18 Somos obsidiados por amigos desencarnados ou não e auxiliados por benfeitores, em qualquer Plano da vida, de conformidade com a nossa condição mental.
Daí, o imperativo de nossa constante renovação para o bem infinito.

19 Trabalhar incessantemente é dever.

20 Servir é elevar-se.

21 Aprender é conquistar novos horizontes.

22 Amar é engrandecer-se.

23 Trabalhando e servindo, aprendendo e amando, a nossa vida íntima se ilumina e se aperfeiçoa, entrando gradativamente em contato com os grandes gênios da imortalidade gloriosa.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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