1 Pobre viajor, que a mágoa dilacera,
Vence a poeira e o pranto em que te esmagas
E alçando a fé, além das próprias chagas,
Busca o esplendor da Eterna Primavera.
2 Não te prendas no mundo às sombras vagas
Do castelo enganoso da quimera! …
De coração gemente e alma sincera,
Rompe o caminho de aflições e pragas…
3 Guarda o silêncio na alma fatigada,
Procurando no tempo o sol da estrada
Em que teu velho sonho peregrina!…
4 E, em breve, atingirás na Excelsa Altura,
A alegria do amor, imensa e pura,
E a paz celeste na Mansão Divina.
Arnold Souza
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