1 Nosso “eu” é [ainda] uma concha de trevas que não nos deixa perceber, senão a nós mesmos.
2 Espelho mentiroso, que a vaidade forja na esfera acanhada de nosso individualismo, reflete exclusivamente os nossos caprichos e os nossos desejos, impedindo a penetração da luz.
3 Aí dentro, nossas dores, nossas conveniências e nossos interesses, surgem sempre exagerados, induzindo-nos à cegueira e ao isolamento.
4 Mas o Senhor, que se compadece de nossas necessidades, concede-nos, com a cruz de nossas obrigações diárias, o instrumento da libertação. 5 Suportando-a com fé e valor, entre os dons da confiança e as bênçãos do trabalho, crucificamos, cada dia, uma parcela de nossa personalidade inferior, a fim de que nosso espírito gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus — possa ser lapidado para a imortalidade gloriosa.
Meimei