O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Registros imortais — F. C. Xavier e outros médiuns do Grupo Meimei — Autores diversos


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Sacerdote ante a manjedoura

11ª reunião | 13 de dezembro de 1956.


Presentes: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Geni Pena Xavier, Francisco Teixeira de Carvalho, Geraldo Benício Rocha, Edite Malaquias Xavier, Aderbal Nogueira Lima, Zínia Orsine Pereira, Francisco Cândido Xavier e Waldemar Silva.

Comunicação recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier.


1 Doce Jesus, deixa que o sacerdote de ontem, hoje despido de todo ornato humano, te fale de alma desnuda diante da manjedoura em que preferiste ser pobre para ser livre!

2 Sabes, Senhor, que de nós pediu o mundo aquilo que não podíamos dar. A nós, homens frágeis e imperfeitos, rogou-se a pureza inatacável. De nós, consciências endividadas e infiéis, exigiu-se a santidade de improviso.

3 Não ignoras, porém, a tragédia pungente e oculta dos padres honestos que movem a Terra sobre o lodo das tentações, constrangidos a indicar o caminho das estrelas, embora enredados à lama da própria carne. 4 Entretanto, ó Cristo, nós somos também aqueles que te prometeram o próprio sangue. 5 Recebemos de ti, mais do que os outros, a sublime advertência do “Ide e pregai” ( † ) e o mundo esperou-nos como tochas ardentes quando não passávamos de morrões bruxuleantes. 6 Releva, desse modo, a fraqueza de tantos como nós, que te não corresponderam a confiança e desertaram do ministério.

7 Divino Pastor, reagrupa, ao aconchego do teu cajado, as ovelhas que dispersaram! 8 Construtor excelso, retifica o teu santuário de amor e de luz que nós tanto convertemos em momentos faustosos de orgulho frio! 9 Anjo revelador da fé, reaquece a tua palavra transformadora e singela que nós soterramos na sombra das humanas conveniências! 10 Divino Libertador, proclama de novo o teu Evangelho de redenção que mumificamos nas catedrais geladas e imponentes, em que pretendemos exaltar-te a memória! 11 Perdoa-nos os crimes da suntuosidade ao pé dos famintos que alimentavas, os delitos da usura junto aos pobres que recolhias, as paixões enlouquecedoras e insensatas com que perturbamos as almas confiantes às quais desvelavas o roteiro das alturas, e os atos de crueldade que cometemos contra todos os corações sequiosos de verdade e emancipação espiritual, que endereçavas, com a força da tua palavra e com a chama do teu exemplo, à glória flamejante dos cimos!.. 12 Reconduze as igrejas que falam e operam em teu nome à simplicidade do teu berço divino! E ensina-nos, Senhor, a humildade pura e espontânea com que havemos de esquecer a nós mesmos e seguir-te os passos na edificação do reino de Deus para sempre.


Carlôto Távora


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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