5ª reunião | 1º de novembro de 1956.
Presentes: Arnaldo Rocha, Enio Santos, Elza Vieira, Geni Pena Xavier, Francisco Teixeira de Carvalho, Antônio Inácio de Melo, Aderbal Nogueira Lima, Francisco Cândido Xavier, Laura Nogueira Lima, Zínia Orsine Pereira e Waldemar Silva.
Comunicação recebida pela médium Zínia Orsine Pereira.
Muita paz, meus amigos.
Peçamos, antes de tudo, a nosso Senhor Jesus Cristo nos ampare e proteja, porque sem a sua bênção estaremos órfãos.
Por acréscimo de sua misericórdia temos mais esta casa para o trabalho construtivo, fonte do nosso progresso espiritual e, por isso, do nosso próprio bem.
De corações e espíritos entrelaçados no mesmo anseio de paz e de trabalho, busquemos o pão do Espírito e a água viva do amor que, pura e cristalina, dessedentará as nossas almas, exangues nas longas caminhadas com quedas consecutivas.
Usemos nossos recursos dentro do bem, para o bem e pelo bem. Que os nossos pés não se movimentem senão em prol dos nossos irmãos de peregrinação, sejam estes necessitados ou não, porque, embora paradoxal nos pareça, todos necessitamos imensamente uns dos outros e os mais ricos, os aparentemente mais favorecidos da sorte, são geralmente os mais fracos e mais sujeitos à provação e ao desequilíbrio.
Não nos disse o apóstolo dos gentios que o Pai ama todo aquele que dá com alegria? E então, meus amigos? Qual é o dever precípuo de todo bom cristão? É dar e dar muito, com sincera alegria. Que as nossas bocas jamais se abram para ferir, insultar ou humilhar a quem quer que seja. E que os nossos olhos vejam apenas as boas qualidades do nosso próximo.
Os menores gestos de amor e caridade nos são contados em acréscimo e gravados no grande livro da vida eterna. Temos notado, e com muito mais intensidade do lado de cá, que a maior esmola não é a do dinheiro que nos sobra, mas a do coração, porquanto se amarmos ardentemente aos nossos irmãos de romagem planetária, o filtro de caridade não deixará passar o reflexo de seus possíveis defeitos, para que lhes vejamos tão somente as virtudes. Nessa diretriz, chegaremos à certeza de que não há criaturas verdadeiramente devotadas ao mal e sim pobres vítimas de dolorosas enfermidades que nos compete combater e curar. Além disso, meus irmãos, ofertando a todos o nosso amor e a nossa caridade, estaremos lembrando a sublime assertiva do Mestre: “Muito se pedirá a quem muito se houver dado”. ( † ) E na verdade nós somos daqueles que muito recebem. Ajudemos, pois, com alegria, rendendo graças a Deus pela oportunidade de trabalhar. Que o serviço do bem seja o nosso clima constante.
Estimaria prolongar a nossa tertúlia por mais algum tempo. No entanto, outros deveres reclamam-nos acolá. É por isso que me despeço, deixando-lhes um grande abraço de companheiro e velho amigo.
Cícero Pereira