1 Realmente a história do bom samaritano, contada por Jesus, ( † ) expõe a caridade por brilhante sublime oferecendo revelações prismáticas de inigualável beleza.
2 A atitude daquele peregrino desconhecido resume um tratado de pedagogia, acerca de compreensão e bondade.
3 Enquanto o sacerdote e o levita, pessoas de reconhecido merecimento intelectual, se desviam deliberadamente do ferido, o samaritano não apenas se detém, mas, também se compadece.
4 Situemo-nos, porém, no lugar do viajante generoso.
5 Talvez estivesse ele com os minutos contados…
6 Muito razoavelmente, estaria sendo aguardado às pressas para a realização de um negócio…
7 Provavelmente, iria atender a encontro marcado com pessoa querida…
8 É possível fosse aquela hora a do fim do dia e devesse acautelar-se contra algum trecho perigoso da estrada, nas sombras da noite próxima.
9 Entretanto, à frente do companheiro anônimo e desfalecido, não somente se emociona.
10 Esquece-se e diligencia socorrê-lo sem perguntar quem é.
11 Interrompe-se. Aproxima-se dele.
Faz pensos e efetua curativos.
12 Para ele, no entanto, tudo isso não basta.
Coloca-o na montaria.
Condu-lo à estalagem e apresenta-o, responsabilizando-se por ele.
13 Pagará pelos serviços que ele venha a receber, sem nem mesmo indagar de si próprio se estaria recuperando um adversário.
14 Vela por ele.
Vê-lo-á de novo ao regressar.
15 Narrando a história, assinalou Jesus o comportamento do sacerdote, do levita e do samaritano e inquiriu ao Doutor da Lei que se interessava pela posse da Vida Eterna:
— “Qual dos três te parece haver amado o próximo caído em desvalimento?” ( † )
16 O Doutor respondeu:
— “Aquele que usou de misericórdia para com ele.
“Então, vai — disse Jesus — e faze tu o mesmo.” ( † )
17 Segundo percebemos, a indicação do Divino Mestre para entesourarmos conosco os dons da Imortalidade, é simples e clara.
18 Compaixão é receita de luz para a ascensão da alma aos Reinos Divinos. Entretanto, de algum modo se assemelha à prescrição médica em relação à saúde.
19 Para que ela atinja os efeitos precisos, em nós mesmos, não basta se grave com segurança e precisão no pergaminho de nossos sentimentos.
É preciso nos disponhamos a usá-la.
Emmanuel