O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Renascimento espiritual — Familiares diversos


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Edilson Cassio de Lima

NASCIMENTO: 25 de novembro de 1967.
DESENCARNAÇÃO: 02 de junho de 1988.

Jovialidade e juventude não faltavam a este moço Edilson. Sempre rodeado de amigos, carismático, granjeava nas amizades respeito e dedicação. Suas impressões sobre sua vida causavam certas preocupações aos familiares, pois Edilson repetidas vezes configurava sua existência como um curto período. Tinha consciência de sua partida ainda jovem, comentando com frequência que não chegaria a casar-se e ter filhos. Em um encontro religioso de jovens, Edilson no final se comoveu muito e em prantos dizia precisar estar em paz com Deus, pois sua hora estava perto. Tanto que aos 18 anos de idade fez questão absoluta de doar suas córneas. Desprendido e preocupado com o próximo, constantemente doava seus objetos pessoais.

Suas impressões se cumpriram quando, em 02.06.1988, convidado a participar de uma partida de futebol de salão, acompanhou um amigo, vizinho de sua residência, na garupa de sua moto em virtude da sua estar danificada. No cruzamento de uma das ruas ali perto existente, um ônibus, desobedecendo o sinaleiro, avança e colide com a moto, deixando como única vítima fatal Edilson, sendo que seu companheiro fraturou uma das pernas. Seu respeito e reconhecimento aos entes amados fizeram dele um filho querido, principalmente por compreender a ausência de seu pai do lar desde a idade de 8 anos. Mesmo assim, demonstrou o seu carinho quando se refere aos pais no “desejo de uni-los em seu íntimo” e, na mesma mensagem, o carinho e reconhecimento, aliando-se ao “papai Almério”, demonstrando que seu coração está junto a essa alma querida que lhe amparou como o seu próprio filho no complemento do seu lar, e o desejo de enviar à sua mãe as saudades de um filho reconhecido.




MENSAGEM


É verdade que voltei mais cedo à Vida Espiritual, mas aqui tenho aprendido que Deus, por Suas Leis, realiza o melhor em benefício de todos.

1 Querida mãezinha Sônia, penso no papai almejando o desejo de uni-los em meu íntimo a pedir-lhes para que me abençoem.

2 Agora sei que as pessoas da Vida Física sentem a nossa presença através das nossas vibrações de amor e aqui, na Vida Espiritual, acontece o mesmo.
Notamos que os pensamentos daqueles que nos amam, nos rodeiam e nos auxiliam.

3 Digo isto, mamãe Sônia, porque registro as suas preces e as suas saudades que efetuam verdadeiro intercâmbio entre nós. Sei que o seu coração está sempre voltado para mim e agradeço-lhe tudo quanto faz por minha tranquilidade e aceitação.

4 Mamãe, a lembrança da moto já se desfez em minhas ideias. O desastre, a princípio, foi algo muito doloroso mas procurei superar os últimos vestígios do triste acontecimento, confortado pela dedicação de minha bisavó Anna com os tios, que me acolheram na hora em que mais necessitava de aconchego e família.

5 Trouxe a sua imagem de mãe na memória e, com seu amor, estão igualmente em mim, nas melhores recordações, as queridas irmãs Elaine e Erika, sem me esquecer da querida sobrinha Aline.

6 É verdade que voltei cedo à Vida Espiritual, mas aqui tenho aprendido que Deus, por Suas Leis, realiza o melhor em benefício de todos. Suas preces me estimulam a começar em algum trabalho que minha bisavó Anna me auxiliará a escolher. 7 A saudade ainda é muito pesada e muito grande em meu espírito de rapaz habituado a sonhar com um futuro que eu não sabia qual fosse. Agora, meus desejos se voltam para diversos campos de atividade de minha vida nova e peço-lhe não chorar por mim, estou bem.

8 A sua bondade já descobriu que a razão mais elevada é o trabalho em favor dos outros e, para mim, é uma bênção vê-la costurando com tanto carinho para as crianças. Sinto que as suas queridas mãos estão agindo no auxílio a pequeninos irmãos meus. O seu devotamento ao trabalho me inspira novas aspirações de fraternidade e me sinto feliz com isso.

9 Mãezinha, beijo as queridas irmãs Elaine e Erika, juntamente de Aline e meus avós, e porque a emoção agora me assume a cabeça e tão grande é a minha saudade, que peço a Deus nos abençoe e nos fortaleça.

10 Com o papai Almério, peço-lhe receber o coração saudoso de seu filho que segue melhor e se sente sempre agradecido ao seu amor que me ilumina os caminhos da Vida Maior.
Beijo a todos com Amor.


Edilson

Edilson Cassio de Lima




ESCLARECIMENTOS


Pais: Eduardo Teixeira Lima.
Sônia Fátima da Silva Freitas.

Endereço: Rua Dr. Paulo David Albuquerque, 28-B - Tatuapé - São Paulo - SP.

Irmãs: Elaine Cassio de Lima e Erika Freitas.

Padrasto: Almério Cândido de Freitas

Sobrinha: Aline Soares (filha de Elaine).

Bisavó: Anna da Conceição, desencarnada em 11-08-1919, aos 47 anos de idade.


Rubens S. Germinhasi


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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