1 Querido papai Hélio e querida mãezinha Sayoko, estou presente, retornando a mim próprio a fim de ser o filho ativo e útil que lhes possa prestar o auxílio possível.
2 Agradeço a meu pai o trabalho imenso que desenvolve no sentido de assimilar as realidades de minha sobrevivência e as razões de nosso encontro e de nossa separação transitória.
3 Pai querido, não se aflija demasiado. Todos nos reconhecemos na condição de elos vivos na corrente do amor que nos convida ou nos arrasta uns para os outros.
4 Gradativamente, entraremos na posse de todos os conhecimentos dos quais nos reconhecemos necessitados para caminhar adiante com a segurança precisa.
5 A sua existência é preciosa demais não só para a querida mãezinha e para nós, seus filhos, mas também para muitos companheiros outros, que encontram abençoadas atividades entrosadas com as suas e, por isso, precisamos sabê-lo fortalecido em si mesmo.
6 As explicações de fatos obscuros virão depois, depois que os nossos encargos presentes forem preenchidos.
7 Tenho pedido aos nossos benfeitores daqui que nos auxiliem a tê-lo bem disposto e invariavelmente animado para as lutas que precisamos sustentar em auxílio a todos aqueles que se agregam a nós e conto com esse amparo, a fim de que permaneçamos tranquilos.
8 Querido papai e querida mamãe, é tudo quanto lhes posso dizer por agora, deixando-lhes nos corações queridos muitos beijos do filho que sempre lhes pertencerá.
Hélio
10 setembro 1981.