1 Habitualmente, perdemos tempo, em desgosto inútil, quando nos achamos em antagonismo com alguém ou vice-versa.
2 Entretanto, vejamos:
3 os outros pensam segundo imaginam;
4 falam o que melhor lhes parece;
5 fazem o que lhes ocorre aos desejos;
6 abraçam o que lhes agrada;
7 adquirem o que estimam;
8 valorizam o que mais amam;
9 inclinam-se para aquilo que os atrai;
10 vivem com quem mais se afinam;
11 estão no caminho que escolheram;
12 acham sempre o que procuram.
13 Isso, porém, não é novidade, porque todos nos padronizamos por diretrizes idênticas: agimos como somos e reagimos, conforme a própria vontade, na condução de nossos impulsos. A novidade é reconhecer que os outros e nós teremos inevitavelmente aquilo que fizermos.
14 Alcançando a certeza disso, vale, acima de tudo, auxiliarmo-nos reciprocamente, sem queixas uns dos outros, de vez que nenhum de nós consegue aperfeiçoamento próprio senão à custa de numerosas experiências.
15 À frente da realidade, vivamos com as nossas lições, mantendo a consciência em paz, e deixemos aos outros o seu próprio dom de aprender e de viver.
André Luiz