O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Religião dos Espíritos — Emmanuel


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O caminho da paz

Reunião pública de 8-6-1959.

Questão n.º 743.


1 Dos grandes flagelos do mundo antigo, salientavam-se dez que rebaixavam a vida humana:

  2 A barbárie, que perpetuava os desregramentos do instinto.

  3 A fome, que atormentava o grupo tribal.

  4 A peste, que dizimava populações.

  5 O primitivismo, que irmanava o engenho do homem e a habilidade do castor.

  6 A ignorância, que alentava as trevas do espírito.

  7 O insulamento, que favorecia as ilusões do feudalismo.

  8 A ociosidade, que categorizava o trabalho, à conta de humilhação e penitência.

  9 O cativeiro, que vendia homens livres nos mercados da escravidão.

  10 A imundície, que relegava a residência terrestre ao nível dos brutos.

  11 A guerra, que suprime a paz e justifica a crueldade e o crime entre as criaturas.


 12 Veio a política e, instituindo vários sistemas de governo, anulou a barbárie.

 13 Apareceu o comércio e, multiplicando as vias de transporte, dissipou a fome.

 14 Surgiu a ciência, e exterminou a peste.

 15 Eclodiu a indústria, e desfez o primitivismo.

 16 Brilhou a imprensa, e proscreveu-se a ignorância.

 17 Criaram-se o telégrafo sem fio e a navegação aérea, e acabou-se o insulamento.

 18 Progrediram os princípios morais, e o trabalho fulgiu como estrela na dignidade humana, desacreditando a ociosidade.

 19 Cresceu a educação espiritual, e aboliu-se o cativeiro.

 20 Agigantou-se a higiene, e removeu-se a imundície.


 21 Mas nem a política, nem o comércio, nem a ciência, nem a indústria, nem a imprensa, nem a aproximação entre os povos, nem a exaltação do trabalho, nem a evolução do direito individual e nem a higiene conseguem resolver o problema da paz, porquanto a guerra, — monstro de mil faces que começa no egoísmo de cada um, que se corporifica na discórdia do lar, e se prolonga na intolerância da fé, na vaidade da inteligência e no orgulho das raças, alimentando-se de sangue e lágrimas, violência e desespero, ódio e rapina, tão cruel entre as nações supercivilizadas do século XX, quanto já o era na corte obscurantista de Ramsés II, — somente desaparecerá quando o Evangelho de Jesus iluminar o coração humano, fazendo que os habitantes da Terra se amem como irmãos.

22 É por isso que a Doutrina Espírita no-lo revela, atualmente, sob a luz da verdade, fiel ao próprio Cristo que nos advertiu, convincente: — “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres.” ( † )


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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