O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Reconforto — Emmanuel


18

Na higiene da alma

1 O perdão é comparável à água lustral do espírito, lavando todas as nódoas que nos assaltam o tecido da existência.


2 Não te alegrarás, exibindo a veste salpicada de lama e nem te resignarás a conduzir, cada dia, o lixo da própria casa na concha das próprias mãos.


3 Ao invés disso, obrigas-te cada manhã ao ritual da limpeza, a começar por teu próprio corpo, a fim de que a saúde e a higiene te marquem as horas.


4 No terreno da própria alma, guardar ressentimentos e mágoas, melindres e dissabores, ante a conduta alheia, é o mesmo que transportar, no reduto do próprio ser, os detritos de nossa marcha, intoxicando-nos a vida.


5 Odiar é render culto ao desequilíbrio, maldizer é abrir chagas íntimas, censurar é ferir a esperança, exigir, quase sempre, é aborrecer.


6 Lembra-te de que todos temos necessidade da desculpa recíproca, a fim de que a estrada se nos desempeça do pedregulho nela atulhado por nossos próprios erros.


7 Recorda o reconforto que recolhes da palavra de estímulo e a bênção de alívio que te afaga o coração, quando as tuas faltas possíveis são recebidas por outrem com tolerância e perdoa, sem condições, a todos os golpes da senda, na certeza de que todo mal desaparecerá para que o bem permaneça.


8 Aqui, agora e sempre, seja onde for, aprendamos a esquecer tudo o que representa poeira inútil da caminhada, procurando simplesmente a luz da compreensão e do amor que tudo renova e doura, a caminho da Vida Maior e abrir-se-á renovado caminho na longa peregrinação de trabalho e de experiência em que nos cabe evoluir para Deus.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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