1 Não prescindas do amor que devemos a todas as cousas e a todas as criaturas para que não te falte luz ao entendimento.
2 Analisando os desequilíbrios do mundo, reflete na Infinita Bondade que assegura a trajetória da Terra, no caminho dos astros, e reconhecerás que toda desarmonia é superficial e aparente.
3 Observando os conflitos da Humanidade, relaciona os sacrifícios daqueles que te abriram o sulco luminoso do progresso aos próprios passos e, inventariando-lhes as lágrimas anônimas, aperfeiçoarás com teu esforço a estrada para aqueles que te sucederão no futuro.
4 Apreciando os erros de alguém, medita nos ideais e nas esperanças superiores que decerto lhe povoaram o coração, e compreenderás que outro comportamento talvez lhe assinalasse a jornada, se possuísse oportunidades iguais às tuas.
5 Diante daqueles que os tribunais humanos classificam à conta de delinquentes, pensa nas comovedoras aspirações das mães que lhes afagaram o berço e compaixão imensa nascerá de tua alma, ensinando-te a auxiliar ao invés de ferir.
6 Longo e alcantilado é o trilho da evolução!…
7 Compadece-te de todos aqueles que voltaram à estaca de início, para recomeçar o caminho a pés sangrentos.
8 No entanto, além da piedade, oferece-lhes braços compreensivos e diligentes, porque amanhã será talvez o teu dia de cansaço e tristeza, desencanto e desilusão, quando reclamarás igualmente o concurso de mãos fraternas a te refazerem as energias ou a te recomporem os membros desconjuntados.
9 Sobretudo, não condenes, nem amaldiçoes, em circunstância alguma, porque o Cristo de Deus ainda não desesperou de nossas fraquezas e hoje, tanto quanto ontem, procura com amor e paciência, libertar-nos a visão da trave do egoísmo e da crueldade, da indiferença e da ignorância, para que com Ele venhamos a cooperar na sustentação da segurança e da paz.
Emmanuel