1 Entra na faixa da Grande Compreensão e segue esquecendo o mal.
2 Não te vistas com os andrajos da queixa.
3 Não lances o veneno da crítica na taça dos semelhantes.
4 Não apedrejes.
5 Não te consagres à seleção de chagas e cicatrizes.
6 Lembra-te de que a Divina Bondade tudo dispôs para que a harmonia reine nos quadros da natureza.
7 O lenho seco produz a chama que extingue o frio.
8 O corvo devotado aos detritos é aproveitado na higiene do solo.
9 A serpente que destila peçonha é constrangida a arrastar-se.
10 Do próprio bolor retira a ciência de hoje remédio salutar.
11 Para que nos concederia o Senhor o trabalho e o discernimento? Por que nos induziria à bondade e ao estudo nobre? Onde situaremos os louros da paciência e os méritos da esperança?
12 Não gastes o tesouro das horas, acumulando sombras em torno dos próprios pés. Cada dia, após o império da noite, o sol ressurge no firmamento, clareando espinheiros e furnas.
13 Não olvides Jesus — o Sol de nossas almas — e não relaciones trevas e abismos.
14 Recorda-O, buscando Simão Pedro com mais entendimento após a negação; conchegando-se com mais ternura a Tomé por desfazer-lhe as dúvidas; e procurando avistar-se pessoalmente com Saulo de Tarso, o perseguidor.
15 Onde estiveres, procura o bem que possas fazer.
16 No Evangelho, fomos chamados ao amor claro e simples.
17 Sabes que todas as bênçãos da estrada pertencem ao Misericordioso Senhor da Vida.
18 Não reclames dos outros o entendimento que esperam de ti.
19 Ainda que chova fel e fogo em tua marcha, abençoa a experiência que te aclara o raciocínio e segue para diante.
20 Jesus, o Mestre Divino, aparentemente derrotado ao golpe das trevas, quando alçado ao madeiro ao invés de lamentar-se ou ferir, contemplava em silêncio as futuras vitórias da ressurreição e da luz.
Emmanuel