1 Quando, nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me:
“Eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas.”
2 Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim:
“Eu sou a luz, sob cujos raios te aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos!”
3 Quando se te extinguir o ânimo para arrostares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me:
“Eu sou a força capaz de remover-te as pedras do caminho e sobreporte às adversidades do mundo!”
4 Quando inclementemente te açoitarem os vendavais da sorte e seja não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim:
“Eu sou o refúgio em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranquilidade para teu Espírito!…”
5 Quando te faltar a calma, nos momentos de maior aflição e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me:
“Eu sou a paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis.”
6 Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos, grita por mim:
“Eu sou o bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!”
7 Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode inspirar-te confiança, vem a mim:
“Eu sou a sinceridade que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e à excelsitude de teus ideais!”
8 Quando a tristeza e a melancolia te povoarem o coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim:
“Eu sou a alegria que insufla um alento novo e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior!”
9 Quando, um a um, te fenecerem os ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela por mim:
“Eu sou a esperança que te robustece a fé e te acalenta os sonhos!”
10 Quando a impiedade recusar-se a relevar-te as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me:
“Eu sou o perdão que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do teu Espírito!”
11 Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo te avassalar a alma, recorre-te a mim:
“Eu sou a crença que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade!”
12 Quando já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e te desiludires do sentimento do teu semelhante, aproxima-te de mim:
“Eu sou a renúncia que te ensina a olvidar a ingratidão dos homens e a esquecer a incompreensão do mundo!”
13 E quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura e ao pássaro que canta, à flor que desabrocha e à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda.
“Chamo-me AMOR, o remédio para todos os males que te atormentam o espírito! Eu sou JESUS!”
Emmanuel
[1] Meditação interpretando a passagem de Mateus, 11.28: “Vinde a mim todos os que andais aflitos, e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”