1 Século XX… Entardece.
Fim do milênio segundo.
Jesus tutelando o mundo,
Horas de paz e de prece.
2 Conflito, inveja, rancor,
De nada valem na Terra,
E o ódio que faz a guerra,
Só se desfaz pelo amor.
3 Desde milênios distantes,
Assírios, gregos, romanos,
Formavam grupos insanos,
Ostentando o orgulho vão…
Viviam de luta armada,
Foice, forca, pedra, espada,
Terror e devastação.
4 Nesse clima belicoso,
Entre nós, brilha Jesus!…
Mas a guerra do poder,
Pela astúcia e pelo mando,
Deu-lhe num gesto nefando,
Martírio e morte na cruz!…
5 Depois da angústia do Cristo,
A guerra vai aos cristãos,
Que morrem, dando-se as mãos
Na arena do horror e fel.
Temos depois as Cruzadas,
Com matança nas estradas,
Domina o gládio cruel.
6 No entanto, os povos do tempo
Estavam todos cansados
De tantas guerras… Pediam,
Nas sombras da Idade Média,
Termo a qualquer desavença.
Surge, então, a Renascença,
Por elevada esperança,
Mas a guerra ressurgiu
Nos movimentos da França.
7 Século XX… Anoitece.
Ouço dele estranhas vozes,
O nosso Século XX
É daqueles mais ferozes!…
8 Espíritas, companheiros,
Recordai a trilogia,
União, serviço e amor,
Nas lutas de cada dia.
Resguardai com zelo e fé
Nossa Doutrina de luz.!…
Ante a treva mais espessa,
Que nenhum de nós se esqueça
Da rota para Jesus!…
Castro Alves
São Paulo, 7 de outubro de 1992.
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