“Não estejais inquietos por coisa alguma.” — PAULO (Filipenses, 4.6)
1 A observação do apóstolo Paulo é importante para todos os dias.
2 Ninguém esteja inquieto por coisa alguma.
3 Em verdade, a inquietação é fator desencadeante de numerosas calamidades.
4 Na maioria das vezes, está presente no erro de cálculo que compromete a construção, na dosagem inadequada do remédio que se transforma em veneno, no acidente infeliz ou no desastre da via pública.
5 É quase sempre um espinho no lar, um cáustico no ponto de vista, uma brasa no caminho e uma pedra na profissão.
6 É por ela que, muitas vezes, pronunciamos a expressão descabida e articulamos o julgamento falso a respeito dos outros.
7 Com ela, geramos preocupações enfermiças e arruinamos a estrada própria.
8 Contudo, a pretexto de aboli-la, é indispensável não venhamos a cair na preguiça.
9 Muita gente, a pretexto de evitar a inquietação, asila-se em comodismo deplorável, alegando que foge de trabalhar para não se afligir.
10 Entendamos, porém, no verdadeiro sentido, a recomendação judiciosa de Paulo. Ele que disse “não estejais inquietos por coisa alguma” nunca esteve ocioso.
Emmanuel
(Reformador, dezembro de 1960, p. 266)