“Toda a amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam retiradas dentre vós, bem como toda a malícia.” — PAULO (Efésios, 4.31)
1 Na própria senda comum, surpreendemos a lição do equilíbrio que exclui todo assalto da violência e qualquer devoção à imundície.
2 Nas cidades litorâneas, diques reprimem o mar furioso prevenindo calamidades e arrasamentos.
3 Nos grandes edifícios modernos, para-raios seguros coíbem o impacto fulminatório das faíscas elétricas.
4 Desde tempos longevos, esgotos sólidos extraem detritos do pouso humano.
5 Cada templo doméstico possui sistemas habituais de limpeza.
6 Entretanto, no campo do espírito, o homem desavisado acalenta nas fibras do próprio ser o lodo da maledicência e o lixo da mágoa, libertando os raios da blasfêmia e a onda letal da ira, ferindo os outros e atormentando a si mesmo…
7 Quantas enfermidades nascem dos pântanos da amargura e quantos crimes se configuram no extravasamento da cólera! Impossível enumerá-los…
8 Se a mensagem do Evangelho te anuncia as Boas Novas da Redenção, foge, assim, ao domínio da viciação e da crueldade.
9 A frente da irritação e do desalento, da agressividade e da injúria, oferece o dom inefável de tua paz, falando para o bem ou silenciando na grande compreensão, porque em ti, que guardas o nome do Cristo empenhado na própria vida, o Reino do Amor deve começar.
Emmanuel
(Reformador, agosto de 1959, p. 170)