O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras de vida eterna — Emmanuel


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Na mediunidade

“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.” — PAULO (2 Coríntios, 4.7)


1 Utilizando as faculdades mediúnicas de que foste dotado, não olvides que funcionas à guisa de refletor, cujo material de estrutura nada tem de comum com a luz que retrata.

2 O espelho, seja de metal ou de vidro, detém os raios solares, sem comungar-lhes a natureza, e o fio simples transmite o remoinho eletrônico, sem partilhar-lhe o poder.

3 Entretanto, se o espelho jaz limpo consegue reter a bênção da claridade e se o fio obedece à inteligência que o norteia converte-se em portador da energia.

4 Assim também a mediunidade, pela qual, sem maior obstáculo, te eriges em mensagem de instrução e refazimento, esperança e consolo. Através dela, recolhes o influxo da Esfera Superior sem compartilhar-lhe a grandeza, mas se guardas contigo humildade e correção, converter-te-ás no instrumento ao socorro moral de muitos.

5 Todavia, assim como, às vezes, o espelho se turva e o fio se rompe, exigindo reajustamentos, também a força mediúnica em tua alma é suscetível de rupturas diversas, reclamando trabalho restaurativo.

6 Não te afaças, assim, ao desânimo ou à negação se essa ou aquela dificuldade aparece na obra do intercâmbio.

7 O erro, no clima da sinceridade, é sempre lição.

8 Afervora-te no trabalho do bem e recolhe-te à humildade do aprendiz atencioso e vigilante, gastando severidade contigo e benevolência para com os outros, porque qualquer dom da Luz Divina na obscuridade do ser humano, qual se expressa na conceituação apostólica, é um “tesouro em vaso de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”


Emmanuel



(Reformador, outubro de 1958, p. 219)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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