“Se andarmos na luz como Ele está, temos comunhão uns com os outros…” — JOÃO (1 João, 1.7)
1 Tanta vez, dissensões e incompreensões nos separam… Resoluções da vida particular, incompatibilidades, interpretações discordantes, ressentimentos.
2 E, com isso, consideráveis perdas de tempo e trabalho nos arruínam as tarefas e perturbam a vida.
3 Retiramo-nos do campo de serviço, prejulgamos erroneamente pessoas e fatos, complicamos os problemas que nos dizem respeito e desertamos da obra a realizar…
4 Contudo, não nos sobrevirão semelhantes desastres, se andarmos na luz, porque, na claridade irradiante do Mestre, compreenderemos que todos partilhamos as mesmas esperanças e as mesmas necessidades.
5 Se nos movimentarmos ao Sol do Evangelho, saberemos identificar o infortúnio, onde cremos encontrar simplesmente rebeldia e desespero, e a chaga da ignorância, onde supomos existir apenas maldade e crime… 6 Perceberemos que o erro de muitos se deve à circunstância de não haverem colhido as oportunidades que nos felicitam a existência, e reconheceremos que, situados nas provas que motivaram a dor de nossos irmãos caídos em delinquência, talvez não tivéssemos escapado à dominação da sombra.
7 É que a luz do Senhor nos fará sentir o entendimento real…
8 Não bastará, no entanto, que ela fulgure tão somente em nossa razão e pontos de vista. É necessário andarmos nela, assimilando-lhe os sagrados princípios, para que assinalemos em nós a presença da verdadeira caridade, a alavanca divina que, por agora, é a única força capaz de sustentar-nos em abençoada comunhão uns com os outros.
Emmanuel
Reformador, setembro de 1958, p. 194.