“Pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida justa e sossegada em toda a piedade e honestidade.” — PAULO (1 Timóteo, 2.2)
1 Comumente, em nossos recintos de conversação e prece, voltamo-nos compassivamente para os nossos companheiros menos felizes no mundo.
2 Apiedamo-nos sem dificuldade dos enfermos e dos desesperados, dos que se afundaram nas águas lodosas da miséria ou que foram vitimados por flagelos públicos.
3 Oramos por eles, relacionando-lhes as necessidades que tentamos socorrer na medida de nossos recursos.
4 Entretanto, o Apóstolo Paulo, em suas recomendações a Timóteo, lembra-nos o amparo espiritual que devemos a quantos suportam na fronte a coroa esfogueante da autoridade, comandando, dirigindo, orientando, esclarecendo e instruindo…
5 São eles, os nossos irmãos conduzidos à eminência do poder e da fortuna, da administração ou da liderança, que carregam tentações e provas ocultas de toda espécie, padecendo vicissitudes que, muita vez, se retratam de lamentável maneira nas coletividades que influenciam.
6 À feição de pastores dementados, quando se não compenetram dos deveres que lhes são próprios, sofrem perturbações aflitivas que se projetam sobre as ovelhas que lhes recolhem a atuação, criando calamidades morais e moléstias coletivas de longo curso, que atrasam a evolução e atormentam a vida.
7 Não nos esqueçamos, pois, da oração pelos que dirigem, auxiliando-os com a bênção da simpatia e da compaixão, não só para que se desincumbam zelosamente dos compromissos que lhes selam a rota, mas também para que vivamos, com o sadio exemplo deles, na verdadeira caridade uns para com os outros, sob a inspiração da honestidade, que é base de segurança em nosso caminho.
Emmanuel
(Reformador, agosto de 1958, p. 170)