“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem.” — PAULO (Romanos, 12.21)
1 Muita gente, quando não se mostre positivamente inclinada à vingança, perante o mal que recebe, demonstra atitudes de hostilidade indireta, como sejam o favor adiado, o fel da reprovação de permeio com o mel do elogio, o deliberado esquecimento quando se trate da honra ao mérito ou a diminuição do entusiasmo na prestação de serviço, em favor da pessoa menos simpática…
2 Entretanto, para vencer o mal não basta essa “meia-bondade”, peculiar a quantos se devotam à desculpa cortês sem adesão do campo íntimo…
3 Todas as nossas manifestações que acusem essa ou aquela percentagem de mal, são sempre plantação do mal, gerando insucesso e desgosto contra nós mesmos.
4 O Evangelho é claro na fórmula apresentada para a extinção do flagelo.
5 Para que estejamos libertos da baba sinistra do antigo dragão que trava o progresso da Humanidade, é indispensável guardemos paciência contra as suas investidas, procurando esquecê-lo, perdoá-lo e fazer-lhe o bem tanto quanto nos seja possível, porque o bem puro é a única força suscetível de desarmar-lhe as garras inconscientes.
6 Não nos esqueçamos de que para anular a sombra noturna não basta arremeter os punhos cerrados contra o domínio da noite. É preciso acender uma luz.
Emmanuel
(Reformador, março de 1958, p. 50)