“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade, porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros pelo amor.” — PAULO (Gálatas, 5.13)
1 A mente humana, antes do contato com o Cristo, o Divino Libertador, padecia milenárias algemas de servidão.
2 Era o cativeiro da violência, convertendo o mundo em arena de senhores e escravos…
3 Era o grilhão implacável do ódio garantindo impunidade aos crimes de raça…
4 Era a treva da ignorância aprisionando a inteligência nas teias do vício dourado…
5 Era a obsessão da guerra permanente, encarcerando os povos em torrentes de sangue e lama…
6 Cristo veio, porém, e conquistando a libertação espiritual do mundo, a preço de sacrifício, descerra novos horizontes à Humanidade.
7 Da Manjedoura à Cruz, movimenta-se o Amigo Divino, reintegrando o homem na posse da simplicidade, do equilíbrio, da esperança, da alegria e da vida eterna que constituem fatores essenciais da justa libertação do espírito.
8 Devemos, pois, ao Senhor, a felicidade de nossa gradativa independência, para a imortalidade; entretanto, para atingir a glória divina a que estamos destinados, é preciso saibamos renunciar conscientemente à nossa própria emancipação, sustentando-nos no serviço espontâneo em favor dos outros, porquanto somente através da nossa voluntária rendição ao dever, por amor aos nossos próprios deveres, é que realmente alcançaremos a auréola da liberdade vitoriosa.
Emmanuel
(Reformador, fevereiro de 1958, p. 27)