“Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes, porque ele disse: “não te deixarei, nem te desampararei.” — PAULO (Hebreus, 13.5)
1 Encarna-se e reencarna-se o Espírito na Terra, a fim de aperfeiçoar-se no rumo das Estâncias Superiores do Universo.
2 Não te encarceres, assim, nos tormentos do supérfluo que a avareza retém, como sendo recurso indispensável à vida, na cegueira com que inventa fantasiosas necessidades.
3 O dono do pomar não comerá dos frutos senão a quota compatível com os recursos do estômago.
4 O atacadista de algodão vestirá uma camisa de cada vez.
5 Entretanto, o cultivador e o negociante serão abençoados nos Céus se libertam os valores que administram, em louvor do trabalho que dignifica, da educação que eleva, da beneficência que restaura ou da fraternidade que sublima.
6 Atendamos aos deveres que as circunstâncias nos atribuem, acalentando ideais de melhoria, mas aprendamos a contentar-nos com o que temos, sem ambicionar o que não possuímos, em matéria de aquisições passageiras, a fim de conquistarmos, sem atritos desnecessários, os talentos que nos faltam.
7 Ainda não se viu homem no mundo, cercado de tesouros infrutíferos, que se livrasse, tão somente por isso, das leis que regem o sofrimento e a enfermidade, a velhice e a morte.
8 Respeitemos os princípios divinos do bem para todos.
9 Confiemos, trabalhando.
Caminhemos, servindo.
10 “Não te deixarei, nem te desampararei” — disse-nos o Senhor.
Sim, o Senhor jamais nos deixará, nem nos desamparará, mas, se não queremos experiências dolorosas, espera naturalmente que não nos releguemos à ilusão, nem lhe desprezemos a companhia.
Emmanuel
(Reformador, agosto de 1963, p. 170)