O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras de vida eterna — Emmanuel


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Desculpismo

“E todos a uma vez começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: comprei um campo e importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado.” — JESUS (Lucas, 14.18)


1 Desculpismo sempre foi a porta de escape dos que abandonam as próprias obrigações.

2 Irmãos nossos que tiveram a infelicidade de escorregar na delinquência costumam justificar-se com vigoroso poder de persuasão, mas isso não lhes exonera a consciência do resgate preciso.

3 Companheiros que arruínam o corpo em hábitos viciosos arquitetam largo sistema de escusas, tentando legitimar as atitudes infelizes que adotam, comovendo a quem os ouve, entretanto, acabam suportando em si mesmos as consequências das responsabilidades a que se afeiçoam.

4 E, ainda agora, quando a Doutrina Espírita revive o Evangelho, concitando os homens à construção do bem na Terra, surgem às pencas desculpas disfarçando deserções:
5 — Estou muito jovem ainda…
6 — Sou velho demais…
7 — Assumi compromissos de monta e não posso atender…
8 — Minhas atribulações são enormes…
9 — Obrigações de família estão crescendo…
10 — Os negócios não me permitem qualquer atividade espiritual…
11 — Empenhei-me a débitos que me afligem…
12 — Os filhos tomam tempo…
13 — Problemas são muitos…


14 Tantas são as evasivas e tão veementes aparecem que os ouvintes mais argutos terminam convencidos de que se encontram à frente de grandes sofredores ou de criaturas francamente incapazes, passando até mesmo a sustentá-los na fuga.  15 Os convidados para a lavoura da luz, no entanto, engodados por si próprios, acordam para a verdade no momento oportuno e, atados às ruinosas consequências da própria leviandade, não encontram outra providência restauradora senão a de esperarem por outras reencarnações.


Emmanuel



(Reformador, janeiro de 1963, p. 2)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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