“E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude e à virtude a ciência…” — PEDRO (2 Pedro, 1.5)
1 Milhões de criaturas possuíram a fé no passado, revelando extremada confiança em Deus; mas, porque a bondade lhes desertasse dos corações, ergueram suplícios inomináveis para quantos não lhes comungassem o modo de sentir e de ser.
2 Diziam-se devotadas ao culto do Supremo Senhor; entretanto, alçavam fogueiras e postes de martírio, perseguindo ou exterminando pessoas sensíveis e afetuosas em seu nome.
3 Milhões de criaturas evidenciaram admirável bondade no pretérito, demonstrando profunda compreensão fraternal no trabalho que foram chamadas a desenvolver entre os homens; no entanto, porque a educação lhes escasseasse no espírito, caíram em terríveis enganos, favorecendo a tirania e a escravidão sobre a Terra.
4 Denotavam obediência a Deus, no exercício da própria generosidade, entretanto, compraziam-se na ignorância, estimulando delitos e abusos, a pretexto de submissão à Providência Divina.
5 Nesse sentido, porém, a palavra do apóstolo Pedro é de notável oportunidade em todos os tempos.
6 Procuremos alicerçar a fé na bondade, para que a nossa fé não se converta em fanatismo, mas isso ainda não basta.
7 É forçoso coroar a fé e a bondade com a luz do conhecimento edificante.
8 Todos necessitamos esperar no Infinito Amor, todavia, será justo aprender “como”; todos devemos ser bons, contudo, é indispensável saber “para quê”.
9 Eis a razão pela qual se nos impõe o estudo em todos os lances da vida, 10 porquanto, confiar realizando o melhor e auxiliar na extensão do eterno bem, realmente demanda discernir.
Emmanuel
(Reformador, outubro de 1962, p. 218)