“Finalmente sede todos de igual sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.” — PEDRO (1 Pedro, 3.8)
1 Que a experiência te conferiu degrau diverso na interpretação da vida, pode não haver qualquer dúvida.
2 Amadureceste o raciocínio e percebes determinados aspectos da realidade que os circunstantes ainda não conseguem assinalar.
3 Estudaste, conquistando títulos de que, por enquanto muita gente não dispõe.
4 Ouviste a ciência e alcançaste visões renovadoras, presentemente defesas a quantos não senhorearam oportunidades iguais às tuas.
5 Viajaste anotando problemas que muitos dos melhores amigos estão distantes de conhecer.
6 Sofreste, aprendendo lições, por agora inapreensíveis pelos companheiros acomodados a inocentes enganos da retaguarda.
7 Trabalhaste e adquiriste habilitações que os próprios familiares gastarão muito tempo para atingir.
8 Decerto que a tua posição é inconfundível, tanto quanto o lugar do próximo é caracteristicamente individual; entretanto, seja qual seja a condição em que te encontres, podes estender os braços, unindo-te aos semelhantes, através da compreensão e do auxílio mútuo.
9 O apóstolo não nos diz: “sede todos da mesma altura”, mas sim: “sede todos fraternalmente unidos”. Não nos exige, pois, o Evangelho venhamos a ser censores ou escravos uns dos outros, e, sim, nos exorta a que sejamos irmãos.
Emmanuel
(Reformador, junho de 1962, p. 122)