À irmã D. Esmeralda Bittencourt
1 Vai, minha irmã, pelo caminho santo!
Embora o pranto purificador,
Segue vencendo as aflições do mundo,
Vale profundo de miséria e dor.
2 Não te magoe a tempestade imensa!
Que o sol da crença te ilumine a cruz!
Sofre e confia, serve a Deus e espera
A primavera da divina Luz! n
Valado Rosas
|
Reformador — Julho de 1947.
[1] Segundo consta do original, o poema foi psicografado em 23 de fevereiro de 1946, no interior do vagão do Trem de Ferro, durante viagem de Pedro Leopoldo a Belo Horizonte. No grupo de Chico Xavier, viajava Esmeralda Bittencourt, a quem se destinavam os versos. Amiga do médium Esmeralda aproximou-se do Espiritismo em 1924, quando mudou-se de Minas Gerais para o Rio de Janeiro e conheceu Aura Celeste, fundadora do Asilo Espírita João Evangelista. Face à desencarnação trágica dos filhos, viveu uma vida de duras tribulações. Dedicada professora realizou uma obra de educação reconhecida em seu tempo.