1 Bastas vezes, referimo-nos à luta.
“É preciso lutar.”
“Não desistir de lutar.”
2 Habituamo-nos a repetir esses apelos, de uns para os outros, em nosso relacionamento recíproco.
3 Entretanto é preciso saber como e com quem.
4 Em todas as ocasiões, nas quais as circunstâncias nos peçam resistência no combate a isso ou aquilo é justo anotes se te encontras no bom combate, ( † ) aquele em que os nossos interesses pessoais são esquecidos, em prol dos semelhantes.
5 É necessário lutar, adentro de nós mesmos, a fim de que a nossa agressividade não se expresse através de azedume e de impaciência, complicando os problemas, ao invés de resolvê-los; 6 esforçar-nos para que a tolerância construtiva nos governe os impulsos para que as nossas atuações nas ocorrências da vida não se mostrem contraproducentes; 7 empenhar-nos à harmonia interior a fim de que a verdade, em nossas mãos, não se converta em tacape da violência; 8 dedicar-nos ao trabalho de tal maneira que os nossos gestos falem mais alto que as palavras.
9 Agir no bem será sempre descobrir a fórmula da paz e da segurança de todos os que nos cercam, sem que nos transformemos em agentes de facciosismo e dominação.
10 Lutar pela extinção do desequilíbrio na própria alma, pela conquista do autocontrole, pelo esquecimento do mal e pela edificação do bem, por dentro de nós mesmos são tarefas das mais importantes no trabalho em que se nos realiza o aprimoramento.
11 O esforço de viver ou sobreviver é comum a todos.
12 Lutar, todos lutam.
Observa, porém, para que lado se te dirige a luta no cotidiano, para que as tuas inquietações e dificuldades naturais, ao termo de cada dia, possam significar parcelas de dever cumprido, abençoando-te a consciência com a soma da paz.
Emmanuel