1 Mestre Amado e Generoso,
Nas bênçãos de Teu Natal,
Também nós te recordamos
No campo espiritual.
2 E lembramos comovidos,
A noite ditosa e bela,
Em que surgiste, exaltando
A manjedoura singela.
3 Divino Pastor, nascias,
Na solidão da pobreza,
Santificando a humildade
Nas luzes da natureza.
4 E trabalhaste e sofreste
Para as vitórias da luz ,
Desde a esperança do berço
Às ironias da cruz.
5 E embora os Teus sacrifícios
Na lágrima, no suor,
A Terra, Jesus, se veste
De angústia, miséria e dor.
6 Volta a nós, Pastor Sublime,
Que o redil da humanidade,
Se estende aos abismos negros
De ignorância e maldade.
7 As tuas ovelhas frágeis
Cansadas de sombra e guerra,
Atropelam-se assustadas,
Ao longo de toda a Terra!
8 As seitas religiosas,
Que ensinam a divisão,
Fomentam carnificinas,
Envenenando a razão.
9 A ciência que extermina
Faz do mundo seu vassalo,
Enquanto a filosofia
Prega o bem sem praticá-lo.
10 Ó Senhor, dá-nos, de novo,
Fidelidade ao dever,
No dom da simplicidade,
No impulso de agradecer.
11 Que em Teu Natal, nós possamos
Recordar com mais fervor,
Teus exemplos de renúncia
E as tuas lições de amor.
12 Concede-nos, Mestre Amigo,
Nas lutas de redenção,
Nova fé, nova esperança
Ao templo do coração.
Casimiro Cunha
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