1 Não me procures, mãe, sob o jazigo
Que recobres de joias e açucenas!…
Fita o campo das lágrimas terrenas,
Levanta-te da lousa e vem comigo.
2 Aqui, chora a viuvez amargas penas,
Ali, geme a orfandade ao desabrigo,
Ergamos para a dor um pouso amigo
E as nossas dores ficarão pequenas!…
3 Transformemos o luxo, mãe querida,
Em consolo, agasalho, pão e vida,
Na inspiração do bem que nos governa!…
4 E seguiremos juntos, dia a dia,
Convertendo a saudade escura e fria
Em bendito calor de luz eterna.
Luís Roberto
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