1 Para ser livre da mundana escória,
E alcançar a amplidão rútila e bela,
Vence os rijos furores da procela
Que te freme na carne transitória.
2 Despe os adornos da ilusão corpórea
E abraça a estranha e rígida tutela
Da aflição que te humilha e te flagela,
Por teu caminho de esperança e glória.
3 Agrilhoado à cruz do próprio sonho,
Vara as trevas do báratro medonho,
Nos supremos martírios da ansiedade!…
4 E, ave distante dos terrestres limos,
Celebrarás na pompa de Áureos Cimos,
A conquista da Eterna Liberdade.
Cruz e Souza
|