1 Se alguém te assalta o nome e a vida te alanceia,
Se a pancadas verbais te enlameia ou esbordoa,
Se alguém colado à treva ilaqueia e atraiçoa,
Compadece-te e olvida a prepotência alheia.
2 Se a galhofa te zurze e o ódio te guerreia,
Inflamando-te a senda e a intenção clara e boa,
Não te prendas ao mal! Ama, serve, abençoa!…
O desforço envenena, a mágoa desnorteia.
3 Se alguém te encharca em fel o peito opresso e pasmo
A compressões de angústia e a golpes de sarcasmo,
Sê bálsamo do Céu na estrada onde transites!…
4 Nada te turve a paz do amor terno e profundo,
De passo a passo, trilha a trilha, mundo a mundo,
Deus é a bondade eterna e o perdão sem limites.
Carlos Bittencourt
|