O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Pão nosso — Emmanuel


No serviço cristão

“Porque todos devemos comparecer ante o tribunal do Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito, estando no corpo, o bem ou o mal.” — Paulo. (2 CORÍNTIOS, 5.10)


1 Não falta quem veja no Espiritismo mero campo de experimentação fenomênica, sem qualquer significação de ordem moral para as criaturas.

2 Muitos aprendizes da Consoladora Doutrina, desse modo, limitam-se às investigações de laboratório ou se limitam a discussões filosóficas.

3 É imperioso reconhecer, todavia, que há tantas categorias de homens desencarnados, quantas são as dos encarnados.

4 Entidades discutidoras, levianas, rebeldes e inconstantes transitam em toda parte. Além disso, incógnitas e problemas surgem para os habitantes dos dois Planos.

5 Em vista de semelhantes razões, os adeptos do progresso efetivo do mundo, distanciados da vida física, pugnam pelo Espiritismo com Jesus, convertendo-nos o intercâmbio em fator de espiritualidade santificante.

6 Acreditamos que não se deve atacar outro círculo de vida, quando não nos encontramos interessados em melhorar a personalidade naquele em que respiramos.

7 Não vale pesquisar recursos que não nos dignifiquem.

8 Eis porque para nós outros, que supomos trazer o coração acordado para a responsabilidade de viver, Espiritismo não expressa simples convicção de imortalidade: é clima de serviço e edificação.

9 Não adianta guardar a certeza na sobrevivência da alma, atém da morte, sem o preparo terrestre na direção da vida espiritual. E nesse esforço de habilitação, não dispomos de outro guia mais sábio e mais amoroso que o Cristo.

10 Somente à luz de suas lições sublimes, é possível reajustar o caminho, renovar a mente e purificar o coração.

11 Nem tudo o que é admirável é divino.

12 Nem tudo o que é grande é respeitável.

13 Nem tudo o que é belo é santo.

14 Nem tudo o que é agradável é útil.

15 O problema não é apenas de saber. É o de reformar-se cada um para a extensão do bem.

16 Afeiçoemo-nos, pois, ao Evangelho sentido e vivido, compreendendo o imperativo de nossa iluminação interior, porque, segundo a palavra oportuna e sábia do Apóstolo, “todos devemos comparecer ante o tribunal do Cristo, a fim que recebermos, de acordo com o que realizamos, estando no corpo, o bem ou o mal”.


Emmanuel


Pedro Leopoldo, 22 de fevereiro de 1950.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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