“Sei viver em penúria e sei também viver em abundância.” — Paulo. (FILIPENSES, 4.12)
1 Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo de evidência. 2 São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque, quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando, desastradamente, as oportunidades de elevação que a vida lhes confere.
3 Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem administrar, com mais propriedade, os recursos materiais.
4 Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua posse é, muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação.
5 Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço próprio e da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça.
6 Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos, refere-se ao precioso imperativo do caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade do discípulo, quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da abundância.
7 O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se adaptam às mesmas finalidades sublimes. 8 A ignorância humana, entretanto, encontra no primeiro o licor da embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação. 9 Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da fartura ou da escassez, o conteúdo divino.
Emmanuel