“E, quando acabou de falar, disse a Simão: — Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.” — (LUCAS, 5.4)
1 Este versículo nos leva a meditar nos companheiros de luta que se sentem abandonados na experiência humana.
2 Inquietante sensação de soledade lhes corta o coração.
3 Choram de saudade, de dor, renovando as amarguras próprias.
4 Acreditam que o destino lhes reservou a taça da infinita amargura.
5 Rememoram, compungidos, os dias da infância, da juventude, das esperanças crestadas nos conflitos do mundo.
6 No íntimo, experimentam, a cada instante, o vago tropel das reminiscências que lhes dilatam as impressões de vazio.
7 Entretanto, essas horas amargas pertencem a todas as criaturas mortais.
8 Se alguém as não viveu em determinada região do caminho, espere a sua oportunidade, porquanto, de modo geral, quase todo Espírito se retira da carne, quando os frios sinais de inverno se multiplicam em torno.
9 Em surgindo, pois, a tua época de dificuldade, convence-te de que chegaram para tua alma os dias de serviço em “mar alto”, o tempo de procurar os valores justos, sem o incentivo de certas ilusões da experiência material. 10 Se te encontras sozinho, se te sentes ao abandono, lembra-te de que, além do túmulo, há companheiros que te assistem e esperam carinhosamente.
11 O Pai nunca deixa os filhos desamparados, assim, se te vês presentemente sem laços domésticos, sem amigos certos na paisagem transitória do Planeta, é que Jesus te enviou a pleno mar da experiência, a fim de provares tuas conquistas em supremas lições.
Emmanuel