“Porque também nós éramos noutro tempo insensatos.” — Paulo. (TITO, 3.3)
1 O martelo, realmente, colabora nos primores da estatuária, mas não pode golpear a pedra, indiscriminadamente.
2 O remédio amargo estabelece a cura do corpo enfermo, no entanto, reclama ciência na dosagem.
Nem mais, nem menos.
3 Na sementeira da verdade, igualmente, é indispensável não nos desfaçamos em movimento impensado.
4 Na Terra, não respiramos num domicílio de anjos.
5 Somos milhões de criaturas, no labirinto de débitos clamorosos do passado, suspirando pela desejada equação.
6 Quem ensina com sinceridade, naturalmente aprendeu as lições, atravessando obstáculos duros.
7 Claro que a tolerância excessiva resulta em ausência de defesa justa, entretanto, é inegável que para educarmos a outrem, necessitamos de imenso cabedal de paciência e entendimento.
8 Paulo, incisivo e enérgico, não desconhecia semelhante realidade.
9 Escrevendo a Tito, lembra as próprias incompreensões de outra época para justificar a serenidade que nos deve caracterizar a ação, a serviço do Evangelho Redentor.
10 Jamais atingiremos nossos objetivos, torturando chagas, indicando cicatrizes, comentando defeitos ou atirando espinhos à face alheia.
11 Compreensão e respeito devem preceder-nos a tarefa em qualquer parte.
12 Recordemos nós mesmos, na passagem pelos círculos mais baixos, e estendamos braços fraternos aos irmãos que se debatem nas sombras.
13 Se te encontras interessado no serviço do Cristo, lembra-te de que Ele não funcionou em promotoria de acusação e, sim, na tribuna do sacrifício até à cruz, na condição de advogado do mundo inteiro.
Emmanuel