“Mas ajuntai para vós tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não penetram nem roubam.” — Jesus. (MATEUS, 6.20)
1 Em todas as fileiras cristãs se misturam ambiciosos de recompensa que presumem encontrar, nessa declaração de Jesus, positivo recurso de vingança contra todos aqueles que, pelo trabalho e pelo devotamento, receberam maiores possibilidades na Terra.
2 O que lhes parece confiança em Deus é ódio disfarçado aos semelhantes.
3 Por não poderem açambarcar os recursos financeiros à frente dos olhos, lançam pensamentos de crítica e rebeldia, aguardando o paraíso para a desforra desejada.
4 Contudo, não será por entregar o corpo ao laboratório da natureza que a personalidade humana encontrará, automaticamente, os Planos da Beleza Resplandecente.
5 Certo, brilham santuários imperecíveis nas Esferas sublimadas, mas é imperioso considerar que, nas regiões imediatas à atividade humana, ainda encontramos imensa cópia de traças e ladrões, nas linhas evolutivas que se estendem além do sepulcro.
6 Quando o Mestre nos recomendou ajuntássemos tesouros no Céu, aconselhava-nos a dilatar os valores do bem, na paz do coração. 7 O homem que adquire fé e conhecimento, virtude e iluminação, nos recessos divinos da consciência, possui o roteiro celeste. 8 Quem aplica os princípios redentores que abraça, acaba conquistando essa carta preciosa; e quem trabalha diariamente na prática do bem, vive amontoando riquezas nos Cimos da Vida.
9 Ninguém se engane, nesse sentido.
Além da Terra, fulgem bênçãos do Senhor nos Páramos Celestiais, entretanto, é necessário possuir luz para percebê-las.
10 É da Lei que o Divino se identifique com o que seja Divino, porque ninguém contemplará o Céu se acolhe o inferno no coração.
Emmanuel