“Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo.” — (JOÃO, 11.9)
1 O conteúdo da interrogativa do Mestre tem vasta significação para os discípulos da atualidade.
“Não há doze horas no dia?”
2 Conscientemente, cada qual deveria inquirir de si mesmo em que estará aplicando tão grande cabedal de tempo.
3 Fala-se com ênfase do problema de desempregados na época moderna. Entretanto, qualquer crise nesse sentido não resulta da carência de trabalho e, sim, da ausência de boa vontade individual.
4 Um inquérito minucioso nesse particular revelaria a realidade. Muita gente permanece sem atividade por revolta contra o gênero de serviço que lhe é oferecido ou por inconformação, em face dos salários.
5 Sobrevém, de imediato, o desequilíbrio.
6 A ociosidade dos trabalhadores provoca a vigilância dos mordomos e as leis transitórias do mundo refletem animosidade e desconfiança.
7 Se os braços estacionam, as oficinas adormecem.
Ocorre o mesmo nas esferas de ação espiritual.
Quantos aprendizes abandonam seus postos, alegando angústia de tempo? Quantos não se transferem para a zona da preguiça, porque aconteceu isso ou aquilo, em pleno desacordo com os princípios superiores que abraça?
8 E, por bagatelas, grande número de servidores vigorosos procuram a retaguarda cheia de sombras. Mas aquele que conserva acuidade auditiva ainda escuta com proveito a palavra do Senhor: — “Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia não tropeça.”
Emmanuel