“Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração?” — (ATOS, 21.13)
1 Constitui passagem das mais dramáticas nos Atos dos Apóstolos aquela em que Paulo de Tarso se prepara, à frente dos testemunhos que o aguardavam em Jerusalém.
2 Na alma heroica do lutador não paira qualquer sombra de hesitação. Seu espírito, como sempre, está pronto. Mas, os companheiros choram e se lastimam; e, do coração sensível e valoroso do batalhador do Evangelho, flui a indagação dolorosa.
3 Não obstante a energia serena que lhe domina a organização vigorosa, Paulo sentia falta de amigos tão corajosos quanto ele mesmo.
4 Os companheiros que o seguiam estavam sinceramente dispostos ao sacrifício, entretanto, não sabiam manifestar os sentimentos da alma fiel. 5 É que o pranto ou a lamentação jamais ajudam, nos instantes de testemunho difícil. 6 Quem chora, ao lado de um amigo em posição perigosa, desorganiza-lhe a resistência.
7 Jesus chorou no Horto, quando sozinho, mas, em Jerusalém, sob o peso da cruz, roga às mulheres generosas que O amparavam a cessação das lágrimas angustiosas. Na alvorada da Ressurreição, pede a Madalena esclareça o motivo de seu pranto, junto ao sepulcro.
8 A lição é significativa para todo aprendiz.
9 Se um ente amado permanece mais tempo sob a tempestade necessária, não te entregues a desesperos inúteis. 10 A queixa não soluciona problemas. Ao invés de magoá-lo com soluços, aproxima-te dele e estende-lhe as mãos.
Emmanuel