“Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas.” — (JOÃO, 10.7)
1 Não basta alcançar as qualidades da ovelha, quanto à mansidão e ternura, para atingir o Reino Divino.
2 É necessário que a ovelha reconheça a porta da redenção, com o discernimento imprescindível, e lhe guarde o rumo, despreocupando-se dos apelos de ordem inferior, a eclodirem das margens do caminho.
3 Daí concluirmos que a cordura, para ser vitoriosa, não dispensa a cautela na orientação a seguir.
4 Nem sempre a perda do rebanho decorre do ataque de feras, mas sim porque as ovelhas imprevidentes transpõem barreiras naturais, surdas à voz do pastor, ou cegas quanto às saídas justas, em demanda das pastagens que lhes competem. 5 Quantas são acometidas, de inesperado, pelo lobo terrível, porque, fascinadas pela verdura de pastos vizinhos, se desviam da estrada que lhes é própria, quebrando obstáculos para atender a destrutivos impulsos?
6 Assim acontece com os homens no curso da experiência.
7 Quantos Espíritos nobres hão perdido oportunidades preciosas pela própria imprudência? Senhores de admiráveis patrimônios, revelam-se, por vezes, arbitrários e caprichosos. 8 Na maioria das situações, copiam a ovelha virtuosa e útil que, após a conquista de vários títulos enobrecedores, esquece a porta a ser atingida e quebra as disciplinas benéficas e necessárias, para entregar-se ao lobo devorador.
Emmanuel