1 Meu irmão da mocidade,
Ao sol de nossa Doutrina
Aproveita enquanto é cedo
A bênção que te ilumina.
2 Desfruta do dia claro
Em que a força vibra e avança
Na doce vitalidade
Da alegria e da esperança.
3 Dizes “posso”, todavia,
De que te vale poder
Se te furtas no caminho
À prudência de aprender?
4 Recorda que prometeste
Nos templos de amor do Além
Constante fidelidade
À excelsa missão do bem.
5 Por isso desde o começo
De tua nova existência,
Recebeste Jesus-Cristo
No campo da inteligência.
6 Não detenhas tua fé
Por bênção guardada em vão.
Espiritismo é caminho
De nossa renovação.
7 Nos fios da honestidade,
Tece, firme, o teu escudo.
No jogo das aparências
Busca sempre o conteúdo.
8 Cultiva a cooperação.
Não te canses de lembrar
Que servir tardiamente
É o mesmo que recusar.
9 Foge à sombra da vaidade
Que morde por serpe astuta.
Arrima-te na humildade
Por arma de tua luta.
10 Trabalha, estuda e medita
Sob a carne transitória ,
O nosso dever cumprido
É senda para a vitória.
11 Aos companheiros mais velhos
Atende e reverencia,
Na porta do desrespeito
A derrota principia.
12 O nosso ideal é flama
Que, brilhando na virtude,
Guarda sempre as nossas almas
Sob a Eterna Juventude.
13 Segue o impulso da bondade,
Não te algemes à ilusão,
E traça à luz do Evangelho
A rota do coração.
14 Com Jesus-Cristo no leme
Do barco em que te renovas,
Vencerás trevas e abismos
Que surgem no mar das provas.
15 Meu irmão da mocidade,
Ao sol de nossa Doutrina,
Aproveita enquanto é cedo
A bênção que te ilumina.
Casimiro Cunha
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