Chico Xavier — Esta reunião do “Pinga-Fogo” nos levou tão longe que nós pedimos licença para agradecer. Às vezes nós não queremos chorar. Estamos educados para evitar isso.
Mas a nossa emoção é tão grande com este contato que nós nos lembramos de quando a mediunidade começou em nossa vida, quando tínhamos quatro para cinco anos de idade e conversávamos com o espírito de minha mãe.
Agradecemos a todos os nossos amigos de São Paulo, à TV-Tupi, ao Canal 4, aos queridos amigos do auditório, a todos os nossos companheiros que nos honraram com a sua atenção, em seus lares ou em cidades distantes. Agradeço aos nossos companheiros entrevistadores que foram tão generosos com a Doutrina Espírita, em nossa presença, formulando perguntas tão respeitosas para com as nossas ideias. Agradecemos a todos, na pessoa do nosso querido diretor, Sr. Almir Guimarães.
Pedimos ainda, permissão, daqui, de tão longe, à terra generosa da cidade de Uberaba. Àquela comunidade amiga que nos recebeu há quase treze anos consecutivos. Que nos abraçou e que nos abençoa maternalmente, como um filho entre os seus filhos. Devo à Uberaba aquilo que nunca resgatarei. Por mais que trabalhe dentro da minha existência, devo carinho, amor, consideração, respeito e isso faz a nossa alegria de trabalhar e viver.
Mas, em homenagem a todas as mães presentes e esquecendo o problema das nossas vinculações estudadas pela Ciência, desejando de todo o coração homenagear aquela que me deu a vida, na presença de todas aquelas mães, porque nós todos temos mães adoráveis, maravilhosas. Em homenagem a todas elas, nossas mães e nossas irmãs, que são mães, já que não sei agradecer a São Paulo o que eu passo a dever e já que não sei agradecer a Uberaba o que eu devo, peço permissão para refletir, neste recinto, do qual recebemos tantas mensagens de cultura, de consolação, de bondade e de otimismo, através dos canais de televisão, através da imagem e do som transmitidos a longas distâncias, peço permissão para condensar o meu agradecimento, recitando a oração que ela orava comigo em espírito, quando eu tinha quatro para cinco anos de idade.
Pai nosso que estais no Céu.
Santificado seja o Vosso nome.
Venha a nós o Vosso reino.
Seja feita Senhor, a Vossa Vontade, assim na Terra como nos Céus.
O pão nosso de cada dia dai-nos hoje, Senhor.
Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores.
Não nos deixeis, Senhor, cair em tentação, mas livrai-nos do mal, porque Vosso são o poder, a majestade, a glória, o amor e a bênção para sempre.
Assim seja.
Francisco C. Xavier
Emmanuel