1 Cede o sorriso bondoso,
Agindo naquilo ou nisso.
O prazer de trabalhar
É luz e paz no serviço.
2 A mão que furta a esperança,
Mesmo nalma grande e forte,
É garra de crueldade
Que apressa o tacão da morte.
3 Quem acolhe adulação,
Nascida seja onde for,
Traz em si mesmo a peçonha
Que escorre do adulador.
4 Contra os aleives e agravos
De que a insolência faz vezo,
O remédio será sempre
Perdão, silêncio e desprezo.
5 De insultos, coices e ofensas
Nunca te percas no enxurro.
O burro, mesmo enfeitado,
Conserva as patas de burro.
6 Foge a toda irritação,
Sem dúvida e sem disfarce.
A cólera é como o fogo
Que tenta comunicar-se.
7 O excesso da própria casa
Distribui conciso e certo.
O pão que te sobra à mesa
É fome chorando perto.
8 Justiça, cultura, apoio
E os bens da própria verdade,
Nunca se mostram completos,
Se lhes falta a caridade.
9 Aperfeiçoa a ti mesmo
Na ascensão do próprio nível.
Onde o caminho é com Deus,
Toda vitória é possível.
Casimiro Cunha
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