1 Irritavas-te, ainda hoje, no justo momento da caridade.
2 E pensavas contigo mesmo: “Valerá suportar a bílis do companheiro encolerizado, desculpar o insulto da ignorância, sofrer sem revolta aos golpes da violência e ajudar aos que me incomodam na via pública?”
3 Refletias a extensão do mal e confiavas-te ao desespero.
4 Entretanto, não se pode julgar o campo pelo talo de erva, nem avaliar espiritualmente a multidão pelo movimento da praça.
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5 O amigo que te oferece o semblante áspero guarda provavelmente um espinho de aflição a espicaçar-lhe o peito, a pessoa que te injuria talvez padeça lastimável cegueira, a mão que te fere expõe o próprio desequilíbrio e esses rostos ulcerados que te pedem consolo trazem também consigo um coração suspirando por Deus.
6 Deixa que a bondade se externe por ti, estendendo a fonte da esperança e a melodia da bênção.
7 Silencia a palavra candente e apaga todo impulso de crueldade.
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8 Ergue ainda hoje os que caíram.
Amanhã, é provável necessites escudar-te naqueles que levantas.
9 Reflitamos no Eterno Amigo que passou na Terra, compreendendo e servindo, sem descrer do amor, embora sozinho nos supremos testemunhos da própria fé.
10 Ampara, alivia, ilumina e socorre sempre.
Todo auxílio na obra do bem é uma prece silenciosa. E, toda vez que auxilias, o anjo da caridade está perto, orando também por ti.
Meimei